Fonte: Projeto Albatroz
“Aprender o segredo do voo de um pássaro era como aprender o segredo da magia de um mágico. Depois de conhecer o truque, você vê coisas que não percebia quando não sabia exatamente o que procurar”
Traduzido de Orville Wright.
Texto escrito por: Bianca Bennemann, Bruna Bianchini e Camila Torres
Em um dia ensolarado, onde quer que estejamos – na cidade, na praia ou no meio da mata – é possível olhar para o céu e observar belas aves sobrevoando acima de nós, utilizando dessa capacidade para se locomover, se reproduzir, caçar, fugir de predadores e até mesmo realizar longas migrações. Você já se perguntou, ao ver uma ave se misturando com o azul do céu, por que ela pode voar e você não? Talvez até já tenha se perguntado como esses animais conseguem voar, mas sabe quais adaptações permitem que isso ocorra?
Reconstituição ilustrada de um Archaeopteryx lithographica | Autor: James Reece |
A realização do voo exige a integração de praticamente todos os órgãos e processos biológicos, especialmente os sistemas sensitivo, respiratório, cardiovascular e até o digestório, isso tudo para uma única atividade. Ao falar de características morfológicas, imediatamente lembramos do alongamento dos membros superiores do grupo, o que possibilita a formação de asas. As asas são proporcionais ao tamanho do animal e sua forma está intimamente relacionada com o comportamento apresentado pela ave, por exemplo, aves mergulhadoras apresentam asas curtas e relativamente pequenas, enquanto aves marinhas possuem asas longas e pontiagudas3. As asas são formadas por um conjunto de penas, estas apresentam uma morfologia variada de acordo com a região do corpo em que se inserem. As penas são responsáveis não só pelo voo, como também pelo isolamento térmico e comunicação visual. E olha que curioso: penas possivelmente evoluíram das escamas de seus ancestrais dinossauros.
Musculatura peitoral envolvida no voo | Fonte: Victor Cadenas (via slideshare) |
Além de diminuírem o peso do animal, os sacos aéreos garantem um fluxo unidirecional do ar, o que significa que não há mistura entre o ar rico em oxigênio que vem do ambiente e o ar que é expelido. O fluxo unidirecional também é comum aos répteis crocodilianos e alguns lagartos, mas esses animais não utilizam dessa adaptação para voar, sorte a nossa!Perdeu o fôlego com tanta informação? Pois é, dá uma respiradinha e vamos em frente! E por falar em respiração, vamos entender como funciona o mecanismo de inspiração e expiração nas aves. Basicamente, sua respiração ocorre em quatro ciclos, como mostrado na figura abaixo (Imagem 3).
Ciclo ventilatório em uma ave | Fonte: MOYES Christopher D.; SCHULTE Patricia M. |
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