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Mostrando postagens de outubro, 2018

Dodô: A ave que os humanos extinguiram

Por Alice Damiani Bernardes, Ana Carolina Bosio e Luiz Henrique Terhorst O Dodô ( Raphus cucullatus ) era uma ave grande, aproximadamente do tamanho de um peru, podendo chegar a 25kg e com uma cabeça avantajada, dotada de bico recurvado. Essas aves viveram nas ilhas Maurício, no oceano Índico, ao leste do Continente Africano, e extinguiram-se por volta de 1670. Inicialmente se acreditava que havia outras duas espécies aparentadas ao Dodô nas ilhas Reunião (o Raphus solitarius ) e nas ilhas Rodriguez (o Pezophaps solitaria ) conforme a Figura 1. Porém, estudos posteriores ressaltaram que na verdade houve uma falha na interpretação de desenhos da época, pois o animal descrito como Dodô-branco-da-ilha-de-Reunião ( Raphus solitarius ) na realidade era próximo dos Pelicanos, sendo classificado desta vez como Threskiornis solitarius , o Íbis-terrestre-de-reunião. Hoje, tem-se conhecimento de que o Solitário-de-Rodrigues ( Pezophaps solitaria ) foi a única espécie aparentada ao Dodô

Pterossauros: Répteis Voadores do Passado

Por Gabriela Goebel, Letícia Medeiros Larroyd e Pamela M. W. Giuffre Os Pterossauros são considerados os primeiros vertebrados capazes de voar, sendo répteis que existiram há 230 milhões de anos (início do período Triássico) e tendo convivido com dinossauros e aves ancestrais. A maior diversificação de espécies ocorreu no período Jurássico. Eles desapareceram há 65 milhões de anos (final do período Cretáceo) na grande extinção que também afetou os dinossauros. O primeiro fóssil foi encontrado em 1784, porém foi interpretado como um animal aquático. Já em 1801, Georges Cuvier constatou que se tratava de um réptil voador com asas compostas por membranas que conectam os dedos dos membros superiores ao corpo do animal, dando origem ao nome pterodáctilo (do grego " pteros "= asas e " dáctilos "= dedos). Existem evidências de que os Pterossauros viviam em ambientes aquáticos ou próximos a cursos d'água, devido aos locais em que foram encontrados fósse

Tigre-dente-de-sabre: Feras do Passado

Por Débora de Andrade, Ingrid L. D. Brand e Gabriela P. Guimarães Certamente voc ê já ouviu falar do tigre-dente-de-sabre. Muito explorado pela mídia, - como o personagem “Diego” do filme “A Era do Gelo” (Figura 1) - é famoso pelos dentes impressionantes, seu tamanho e provável força. Era um felino social, possuía um corpo forte, robusto, considerado o maior felino que já existiu na América, sendo maior que um leão! Esse animal incrível, parente dos felinos atuais, mas na verdade não tão próximo de um tigre, é representado por três espécies do gênero Smilodon, que viveu na América entre 2,5 milhões e 10 mil anos atrás, chegando a conviver com os primeiros seres humanos a chegar ao nosso continente. Figura 1. Personagem Diego - A Era do Gelo Fonte: http://www.iceagemovies.com/br/characters/diego Os tigres-dente-de-sabre ocupavam praticamente todo o território americano e surgiram na América do Norte, com a espécie ancestral do grupo, Smilodon gracilis, sendo a me

Mosassauros: Répteis Marinhos do Cretáceo

Por Jessica Imperico Maciel, Marina Veiga da Silva Amorim e Mariana de Souza Lima  Durante o cretáceo (entre 145 milhões e 66 milhões de anos atrás), quando a América do Sul e a África recém haviam se separado, grandes répteis marinhos conviveram nos mares, como os ictiossauros, os plesiossauros e os mosassauros. Entretanto, estes não são classificados como dinossauros, apesar de serem seus contemporâneos. Os mosassauros foram os primeiros répteis extintos descobertos pela ciência, e devido a isto foram importantes para o desenvolvimento da ciência do séc. XVIII e XIX. Seus primeiros fósseis foram encontrados em 1764 na região de Maastricht, na Holanda, em um rio chamado Meuse, que em latim é dito Mosa, dando origem assim ao nome do grupo. O termo Mosassauro é utilizado para designar, além de um gênero, Mosasaurus, também um grupo de répteis que utilizavam os mares como seu principal local de alimentação. Esses animais viveram exclusivamente no Cretáceo Superior, entre 10

Mamutes e Mastodontes: Gigantes Peludos

Por Evelyn Oliveira, Giovanna Destri, Isabela Farias e Isis Shandra Você, leitor, que tem simpatia por elefantes, por um momento pode ter achado que os mamutes e mastodontes são os “avós” desses grandes simpáticos mamíferos, certo?. Pois, pasme, eles não são! Além de incorretamente considerarmos a evolução como um processo linear, muitas vezes cometemos erros ao acharmos que o animal pré-histórico mais parecido com o atual é o ancestral direto desse bichinho. Mas, na maioria dos casos não é bem assim que acontece. Os mamutes e os mastodontes também não podem ser confundidos como sendo os mesmos animais, pois foram animais diferentes, com características distintas e ocorrências variadas. Ambos surgiram na Era Cenozóica, mamutes durante o Pleistoceno e mastodontes durante o Mioceno, e são relativamente recentes se pensarmos que o planeta tem cerca de 4 BI-LHÕ-ES de anos. Esses grandões habitaram a Terra até o final do Pleistoceno (+/- 11 mil anos atrás), quando foram extintos por

Titanosauria: os verdadeiros titãs do planeta

Por Pedro Batista Marconi, Satyabhama D. W. de Oliveira e Tomás Honaiser Rostirolla Os Titanossauros são conhecidos por serem os maiores dinossauros que já andaram pela terra. Eles viveram entre 145 e 65 milhões de anos atrás, ou seja, no final do período Jurássico e em todo o Cretáceo. Eles foram descobertos por Sir Willian Henry Sleeman na região central da Índia em 1828 - através de algumas vértebras, o suficiente para identificar que havia algo novo ali. Para algumas espécies, sua altura poderia chegar a mais de 35 metros. Além disso, os titanossauros eram herbívoros, alimentando-se de coníferas, palmeiras e gramíneas. Quanto à reprodução, eles eram ovíparos! As fêmeas cavavam buracos no chão com a pata traseira e depois de botar os ovos (cerca de 25) dentro do buraco, cobriam-nos com sujeiras e vegetação.  Esses pescoçudos estavam em grande número na sua época, e foram encontrados fósseis em todos os continentes do globo, principalmente no Hemisfério Sul, inclus

Preguiças Terrícolas: A América Pré-histórica

Por  Carolina Leite Martins, Carolina Luiza de Quadros e Priscilla Gomes Welter Um animalzinho simpático que vive pendurado em árvores com fama de preguiçoso: é certamente assim que você definiria uma preguiça. E não está errado! Mas a preguiça que vamos falar aqui, chamada de preguiça terrícola, é alguns metros maior do que essa que você imaginou. É claro que você vai ter que se esforçar um pouquinho para imaginá-la, já que ela não existe mais, porque foi extinta há pelo menos 11.000 anos. Apesar de parecer bastante tempo, essas preguiças chegaram a viver na mesma época que nossos ancestrais. No entanto, elas já estavam aqui há quase 34 milhões de anos: muito tempo antes dos primeiros hominídeos surgirem. Esse animal que era quadrúpede, podia ficar sob duas patas e, nesta posição, podia chegar a 6m de comprimento! Além disso podia pesar algumas toneladas! Com esse tamanho de elefante, dá para imaginar porque se moviam pela terra e não pelas árvores como as preguiças at

Velociraptor: dinossauro com penas?

Por  Ana Cristina Lima, Bruna Margutti e Fernanda Yumi Custódio O que sabemos sobre os dinossauros está diretamente relacionado aos registros fósseis estudados pela paleontologia 1 , como é o caso da descoberta de dois esqueletos que fossilizaram em posição de luta: um Protoceratops sp., dinossauro herbívoro, sendo caçado por um Velociraptor sp., dinossauro carnívoro (Figura 1); encontrados na Mongólia, um país asiático que faz fronteira com a Rússia, ao norte, e com a China, ao sul. Nesse fóssil conseguimos enxergar o Velociraptor espetando sua garra no ventre da presa, enquanto esta o morde. O fóssil desperta, de certa maneira, curiosidade em entender quem foi esse predador na história dos dinossauros e quais a características o fizeram virar estrela do cinema no filme Jurassic Park. Figura 1.​ Registro fóssil de 1971 de um Velociraptor sp. lutando com Protoceratops sp. Fonte: Museu Americano de História Natural. http://www.ikessauro.com/2007/11/velocira

2ª Semana da Paleontologia: Jurassic Park e Era do Gelo

Ela está de volta: a semana inteira com posts diários sobre temas paleontológicos! A partir de hoje, durante esta semana iremos conversar sobre animais incríveis admirados e temidos que estão representados nos filmes das sagas de Jurassic Park e Era do Gelo, mas que só existiram no nosso mundo há centenas ou milhões de anos atrás e infelizmente foram extintos. Essa semana foi feita junto à disciplina de Paleontologia, do Curso de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Santa Catarina, todos os textos são autorais dos alunos da disciplina. Fiquem ligados aqui no site e também no nosso facebook, twitter e instagram para saber quando tiver uma postagem nova: facebook.com/Sporum/ twitter.com/sporumbiologia instagram.com/sporumbiologia/ E boa leitura!