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Mamutes e Mastodontes: Gigantes Peludos

Por Evelyn Oliveira, Giovanna Destri, Isabela Farias e Isis Shandra



Você, leitor, que tem simpatia por elefantes, por um momento pode ter achado que os mamutes e mastodontes são os “avós” desses grandes simpáticos mamíferos, certo?. Pois, pasme, eles não são! Além de incorretamente considerarmos a evolução como um processo linear, muitas vezes cometemos erros ao acharmos que o animal pré-histórico mais parecido com o atual é o ancestral direto desse bichinho. Mas, na maioria dos casos não é bem assim que acontece. Os mamutes e os mastodontes também não podem ser confundidos como sendo os mesmos animais, pois foram animais diferentes, com características distintas e ocorrências variadas. Ambos surgiram na Era Cenozóica, mamutes durante o Pleistoceno e mastodontes durante o Mioceno, e são relativamente recentes se pensarmos que o planeta tem cerca de 4 BI-LHÕ-ES de anos. Esses grandões habitaram a Terra até o final do Pleistoceno (+/- 11 mil anos atrás), quando foram extintos por causas ainda não conhecidas. Mamutes e mastodontes, apesar de serem muito parecidos, possuíam características físicas que nos permitem diferenciá-los tranquilamente. Na Figura 1, você pode ver uma ilustração dos dois animais e notar a grande diferença no formato das presas, por exemplo.


Figura 1: Mamute e Mastodonte, com destaque principal característica que os difere morfologicamente: suas presas. Autoria desconhecida.

Além de terem presas curvadas, os mamutes tinham ombros mais altos e eram animais maiores que os mastodontes, podendo atingir até 3,40 metros. O mais famoso de todos é o Mamute-lanoso. Se você já assistiu à franquia “Era do Gelo”, esse é o Manny! Porém, como toda regra tem sua exceção, uma espécie de mamute, conhecida como Mamute-pigmeu, chegava a pouco mais de 1,80 metros. Já os mastodontes eram animais de presas mais retilíneas em relação aos mamutes, porém com ombros mais baixos e caracterizados por serem animais menores, com cerca de 2,80 metros. Além das diferenças externas, esses dois possuíam hábitos alimentares distintos de acordo com seus dentes. Mamutes possuíam dentes especializados em triturar folhas, enquanto mastodontes apresentavam presas pontiagudas usadas para triturar lascas e galhos de árvores. Algo que chama muita atenção sobre a história desses gigantes é a interação entre eles e os hominídeos primitivos. Esse contato foi perpetuado nas paredes de cavernas, sendo possível encontrar registros de animais grandes, peludos e de presas longas em belas pinturas rupestres, simbolizando momentos de caça e dia-a-dia dos povos que ali viveram.


Figura 2: Comparação do mamute pigmeu com um ser humano de aproximadamente 1,80 metros.


Figura 3: Pinturas rupestres da atual França.

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